terça-feira, 7 de junho de 2011

O CASTELO EM IMAGENS - OS PREMIADOS DE 2011

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Concurso Nacional Escolar “O Castelo em Imagens” 2011
 
Acta do Júri

Aos quatro dias do mês de Junho do ano dois mil e onze reuniu o júri do 8º Concurso Nacional Escolar “O Castelo em Imagens”, constituído por Alice Vieira que presidiu, Maria do Céu Guerra, Leonor Xavier, Aurora Carapinha, Jorge Garcia e Patrícia Gomes da Silva, para apreciar as obras a concurso, tendo este último elemento do Júri decidido ausentar-se na votação da 1ª categoria, no ensino básico, tendo regressado nas seguintes votações. Assim reunido, o Júri decidiu atribuir os seguintes prémios:

1º. Categoria de Desenho, Pintura e Banda Desenhada

Ensino Básico

Menções Honrosas:

1. À obra colectiva da turma D da Escola Básica do 1º Ciclo Luísa Ducla Soares, de Lisboa e orientado pela Prof. Sofia Reis, denominada “À descoberta do Castelo de S. Jorge”.

2. À obra colectiva da turma B da Escola Básica do 1º Ciclo Luísa Ducla Soares, de Lisboa e orientado pelo Prof. Miguel Nobre, denominada “A verdadeira história do Martim Moniz”.

3. A Francisco Manuel Simões, da Escola Básica com Jardim de Infância de Portel pela obra “O Castelo 1”.

4. Ao conjunto das obras da Escola Básica com Jardim de Infância de Portel, orientadas pela Prof. Angélica Nogueira.

Primeiro Prémio atribuído a Tatiana Raquel Chícharo Varela, da Escola Básica com Jardim de Infância de Portel, orientado pela Prof. Angélica Nogueira, pela obra “O castelo vermelho”.

Ensino Secundário

Menções Honrosas:

1. A Gonçalo Redondeiro, da Escola Secundária Rainha Santa Isabel, de Estremoz, orientado pela Prof. Vanda Amaral, pela obra “Alentejo”.

2. A João Pedro Borralho Anica, da Escola Secundária Rainha Santa Isabel, de Estremoz, orientado pela Prof. Vanda Amaral, pela obra “Berço da Liberdade”.

Primeiro Prémio atribuído a Maria Augusta Prates Raposo, da Escola Secundária Rainha Santa Isabel, de Estremoz, orientado pela Prof. Vanda Amaral, pela obra “Etiquetas”.

Ensino Universitário

O Júri decidiu não atribuir Primeiro Prémio nesta categoria.



2º. Categoria de Fotografia

Ensino Básico

Menção Honrosa a:

Rita Carvalho Amado, da Escola Básica 2/3 D. João de Portel, orientada pela Prof. Ana Margarida Santos, pela obra “Vou cortar as muralhas do castelo”.

Primeiro Prémio atribuído a Vera Cristina Quintas da Silva, da Escola Básica 2/3 D. João de Portel, orientada pela Prof. Ana Margarida Santos, pela obra “Vou proteger o meu castelo das tempestades”.


Ensino Secundário

Menções Honrosas:

1. A Nelson Gabriel Araújo Maciel, da Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos, pela obra “O turista”.

2. A Cátia Marina Fialho Garcia, da Escola Secundária Rainha Santa Isabel, de Estremoz, pela obra “O pedestal da nacionalidade”.


3. A Vera Lúcia Marques Sousa do Externato de Santa Clara, do Porto, orientada pelo Prof. Paulo Silva, pela obra “Espelho meu”.


Primeiro Prémio atribuído a Flávia Patrícia Teixeira Silva, do Externato de Santa Clara, do Porto, orientada pelo Prof. Paulo Silva, pela obra “Janelos”.


Ensino Universitário


O Júri decidiu não atribuir Primeiro Prémio nesta categoria.


3º. Categoria de Vídeo

Ensino Básico


O Júri decidiu não atribuir Primeiro Prémio nesta categoria.


Ensino Secundário

Menção Honrosa atribuída a Joana Maria Pola Paulo, da Escola Profissional EPRAL, Pólo de Estremoz, orientado pelo Prof. Hugo Marques, pela obra “The reality of dreams”.

Primeiro Prémio atribuído a Alex Sales de Oliveira, da Escola Profissional EPRAL, Pólo de Estremoz, orientado pelo Prof. Hugo Marques, pela obra “Belbellita – A lenda”.

Ensino Universitário
Primeiro Prémio atribuído à obra colectiva “O Diamante e o Calhau”, de Filipa Rodrigues, Sofia Rodrigues e Michel Filipe, orientados pelo Prof. Armando Coelho, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre.


O Grande Prémio de O Castelo em Imagens 2011

é atribuído à obra colectiva de vídeo dos alunos do 7º C da Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo, orientados pelo Prof. Paulo D’Alva, com o título “Oh Joana!!”

Não havendo nada mais a acrescentar, foi lida a presente acta que, depois de lida e aprovada, foi assinada por todos os membros do júri.

PALAVRAS DE APRESENTAÇÃO DO FESTIVAL


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_O CASTELO EM IMAGENS – 2011

Temos dito, e repetimos, que “O Castelo em Imagens” é um Festival à escala nacional, segundo as dimensões humanas desta bela cidade alentejana que o acolhe. É bom sentir esta planície, nesta terra de aparência pacata, onde se ouve o silêncio e se iluminam as ruas com a luz das estrelas. Queremos ser esta festa anual de cinema e de imagens, em redor do castelo. “O Castelo em Imagens” nasceu da ideia de homenagear e sublinhar a importância histórica, social, cultural, artística e cinematográfica do “castelo”. Emanou de um conjunto de vontades com interesses comuns à volta das muralhas de um castelo (o de Portel), de todos os castelos (inicialmente os portugueses, como é óbvio, mas também todos os castelos do mundo, do mundo “visível”, dito “real”, mas também do mundo da fantasia que só existe no interior de cada um de nós). Falamos de utopias, de castelos idealizados como vida em comum, harmoniosa e fraterna, não dos castelos da violência, da ocupação, da usurpação e da prepotência. O castelo da defesa dos ideais. De Camelot, o castelo dos Cavaleiros da Távora Redonda, por exemplo.
O castelo tradicional tem uma constituição militar, relembra a guerra, quase sempre a barbárie, mas repare-se que o castelo nunca foi arma de arremesso, mas sim de defesa. O castelo, enquanto construção militar tradicional, não sai do seu sítio, não avança, não invade. Defende quem nele se acoita. O castelo é mais um símbolo de resguardo, de protecção, de socorro, do que um ícone de opressão. Toda a História é muito relativa, sobretudo porque escrita ou narrada quase sempre do ponto de vista do vencedor, mas, a uma primeira vista, o castelo não viola, não agride.
Mas o mundo vai mudando e os castelos também com o andar dos séculos. Antes eram construções militares incrustadas no alto de montes, que permitiam vigiar em redor e acolher em caso de assalto. Hoje em dia os castelos são outros, não se vêem nem de longe, nem de perto, guardam o seu poder estratégico no espaço etéreo, e da mesma forma que defendem o seu poder e ordem estabelecidos, investem e agridem na sombra dos teclados, nos burburinhos das bolsas, estabelecem a sua força e violentam com o rating, são manipulados por bancos e banqueiros, arrastam o mundo para convulsões financeiras e económicas que destroem países, e quase nunca se sabe qual o rosto dos senhores da guerra. Eles estão um pouco por todo o lado, da Europa aos EUA, da China à Índia, da Indonésia ao Japão. Estão onde está o capital que não conhece nações nem ideologias. Estão onde o lucro se quer mais rápido e mais excessivo. Exploram em seu nome, exibindo as mais pérfidas e hipócritas justificações. Estes não são castelos de aventuras galantes ou de justiceiros imaculados. Nesta edição de 2011 abordamos dois tipos de castelos: os de Robin Hood, onde se luta pelos mais fracos contra os mais corruptos, e os castelos da nossa crise actual, onde apenas se busca a multiplicação do lucro. Curiosamente, quatro títulos, todos americanos, fornecem-nos pistas curiosas para debater este tema que diz respeito a todos e a todos atinge. Os castelos são outros, as abordagens terão de ser novas. Já não se sobe por escadas para as muralhas nem se tenta forçar a porta principal com aríetes. As estratégias têm de ser outras. Quais? Eis o que fica à imaginação do leitor, mas julgo que quem com a realidade virtual ataca, com esta terá de ser atingido.
Na segunda edição de “O Castelo em Imagens” alargaram-se os horizontes, e criou-se o Concurso Nacional Escolar, dedicado aos jovens em idade escolar, do ensino básico ao superior, que quisessem expressar as suas artes e sensibilidades, os seus conhecimentos e a sua fantasia, em pintura, desenho, fotografia ou vídeo. Com o castelo como tema inspirador, o concurso nasceu, e em boa hora o fez, porque desde a primeira edição se mostrou uma certeza motivadora. Mais de quatrocentos concorrentes, muitos e bons trabalhos incitaram-nos a prosseguir. E progredir. Quaisquer que sejam os outros balanços que se possam fazer deste festival (e esperemos que sejam francamente positivos), esta afluência de obras de escolas e alunos de todas as regiões de Portugal (e igualmente de muitas outras partes do mundo onde há comunidades portuguesas, de Timor ao Brasil, da Europa à América!) é já uma realidade insofismável que coloca Portel no centro nevrálgico de uma nova aproximação do nosso património histórico, cultural e artístico que o “castelo” representa. E demonstra uma vez mais que só é preciso um pouco de imaginação para mobilizar jovens e docentes para novos e aliciantes projectos pedagógicos.
Nesta oitava edição, tal como nas anteriores, serão atribuídos um Grande Prémio e três Primeiros Prémios, um por cada categoria etária, num total de nove Prémios, assim distribuídos: A. Desenho ou Pintura (a) Básico; b) Secundário; c) Universitário); B. Fotografia (a) Básico; b) Secundário; c) Universitário); e C. Vídeo ou DVD (a) Básico; b) Secundário; c) Universitário). Os Prémios serão atribuídos aos concorrentes, em nome individual. A cada um corresponderá ainda, para lá do prémio pecuniário, uma estatueta e um diploma. Às escolas cujos alunos tenham sido premiados serão igualmente concedidos diplomas.
As obras concorrentes serão apreciadas por um Júri independente, que incorporará elementos de reconhecida idoneidade ligados ao campo da Cultura, do Cinema e do Audiovisual ou da História, escolhidos pela organização do Festival, e ainda outros convidados de Portel. Este ano estão previstas no Júri as presenças de Alice Vieira e Leonor Xavier, escritoras, Maria do Céu Guerra, nome maior da arte teatral em Portugal, Aurora da Conceição Carapinha, Delegada Regional de Cultura do Alentejo, Jorge Luís Marques Garcia, professor da Escola de Portel, e Patrícia Gomes da Silva, representante da Câmara Municipal de Portel.
Para lá do concurso, das secções especiais, e das sessões infantis, teremos ainda actividades paralelas, como dois prometedores concertos, a abrir e fechar o certame, Ricardo Soler e The Crow. Por detrás desta iniciativa contámos, como sempre, com o patrocínio da Câmara Municipal de Portel,
e o seu entusiasmo, na pessoa do seu Presidente, Dr. Norberto Patinho, e demais colaboradores, entre os quais é justo destacar o empenho de sempre da Dr.ª Patrícia Gomes da Silva, que vem acompanhando esta iniciativa desde a sua primeira edição. Agradece-se ainda o apoio do Programa de Cooperação Transfronteiriça España-Portugal.
Lauro António
Director de “O Castelo em Imagens”